O Zika é um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e
identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. O vírus Zika recebeu
a mesma denominação do local de origem de sua identificação em 1947, após detecção
em macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela, na floresta Zika, em
Uganda.
É uma doença viral aguda caracterizada por febre
intermitente (vai e volta), erupções na pele, coceira, hiperemia conjuntival
não purulenta e sem prurido, artralgia (dores generalizadas), mialgia (dores
nas articulações) e dor de cabeça. Apresenta evolução benigna e os sintomas
geralmente desaparecem espontaneamente após 3-7 dias.
O Zika virus (ZIKAV) é um RNA vírus, do gênero Flavivírus,
família Flaviviridae. Até o momento, são conhecidas e descritas duas linhagens
do vírus: uma Africana e outra Asiática.
O principal modo de transmissão descrito do vírus é por
vetores. No entanto, está descrito na literatura científica, a ocorrência de
transmissão ocupacional em laboratório de pesquisa, perinatal e sexual, além da
possibilidade de transmissão transfusional. A febre por vírus Zika é descrita
como uma doença febril aguda, autolimitada, com duração de 3-7 dias, geralmente
sem complicações graves.
Não existe O tratamento específico. O tratamento dos casos
sintomáticos recomendado é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou
dipirona para o controle da febre e manejo da dor. No caso de erupções
pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados. No entanto, é
desaconselhável o uso ou indicação de ácido acetilsalicílico e outros drogas
anti-inflamatórias em função do devido ao risco aumentado de complicações
hemorrágicas descritas nas infecções por síndrome hemorrágica como ocorre com
outros flavivírus.
Não há vacina contra o Zika vírus.
Medidas de prevenção e controle
As medidas de prevenção e controle são semelhantes às da
dengue e chikungunya. Não existem medidas de controle específicas direcionadas
ao homem, uma vez que não se dispõe de nenhuma vacina ou drogas antivirais.
Prevenção domiciliar
Deve-se reduzir a densidade vetorial, por meio da eliminação
da possibilidade de contato entre mosquitos e água armazenada em qualquer tipo
de depósito, impedindo o acesso das fêmeas grávidas por intermédio do uso de
telas/capas ou mantendo-se os reservatórios ou qualquer local que possa
acumular água, totalmente cobertos. Em caso de alerta ou de elevado risco de
transmissão, a proteção individual por meio do uso de repelentes deve ser
implementada pelos habitantes.
Individualmente, pode-se utilizar roupas que minimizem a
exposição da pele durante o dia quando os mosquitos são mais ativos podem
proporcionar alguma proteção contra as picadas dos mosquitos e podem ser
adotadas principalmente durante surtos, além do uso repelentes na pele exposta
ou nas roupas.
Prevenção na comunidade
Na comunidade deve-se basear nos métodos realizados para o
controle da dengue, utilizando-se estratégias eficazes para reduzir a densidade
de mosquitos vetores. Um programa de controle da dengue em pleno funcionamento
irá reduzir a probabilidade de um ser humano virêmico servir como fonte de
alimentação sanguínea, e de infecção para Ae. aegypti e Ae. albopictus, levando
à transmissão secundária e a um possível estabelecimento do vírus nas Américas.
Os programas de controle da dengue para o Ae. aegypti,
tradicionalmente, têm sido voltados para o controle de mosquitos imaturos,
muitas vezes por meio de participação da comunidade em manejo ambiental e
redução de criadouros.
Procedimentos de controle de vetores
As orientações da OMS e do Ministério da Saúde do Brasil
para a dengue fornecem informações sobre os principais métodos de controle de
vetores e devem ser consultadas para estabelecer ou melhorar programas
existentes. O programa deve ser gerenciado por profissionais experientes, como
biólogos com conhecimento em controle vetorial, para garantir que ele use
recomendações de pesticidas atuais e eficazes, incorpore novos e adequados
métodos de controle de vetores segundo a situação epidemiológica e inclua
testes de resistência dos mosquitos aos inseticidas.
Cuidados para gestante
Prevenção/Proteção
› Utilize telas em janelas e portas, use roupas compridas – calças e blusas –
e, se vestir roupas que deixem áreas do corpo expostas, aplique repelente
nessas áreas.
› Fique, preferencialmente, em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou
outras barreiras disponíveis.
Cuidados
› Busque uma Unidade Básica de Saúde para iniciar o pré-natal assim que
descobrir a gravidez e compareça às consultas regularmente.
› Vá às consultas às consultas uma vez por mês até a 28ª semana de gravidez; a
cada quinze dias entre a 28ª e a 36ª semana; e semanalmente do início da 36ª
semana até o nascimento do bebê.
› Tome todas as vacinas indicadas para gestantes.
› Em caso de febre ou dor, procure um serviço de saúde. Não tome qualquer
medicamento por conta própria.
Informação
› Se tiver dúvida, fale com o seu médico ou com um profi ssional de saúde.
› Relate ao seu médico qualquer sintoma ou medicamento usado durante a
gestação.
› Leve sempre consigo a Caderneta da Gestante, pois nela consta todo seu
histórico de gestação.
Cuidados com o recém-nascido
Proteger o ambiente com telas em janelas e portas, e
procurar manter o bebê com uso contínuo de roupas compridas – calças e blusas.
› Manter o bebê em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras
barreiras disponíveis.
› A amamentação é indicada até o 2º ano de vida ou mais, sendo exclusiva nos
primeiros 6 meses de vida.
› Caso se observem manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre,
procurar um serviço de saúde.
› Não dar ao bebê qualquer medicamento por conta própria.
Informação
› Após o nascimento, o bebê será avaliado pelo profissional de saúde na
maternidade. A medição da cabeça do bebê (perímetro cefálico) faz parte dessa
avaliação.
› Além dos testes de Triagem Neonatal de Rotina (teste de orelhinha, teste do
pezinho e teste do olhinho), poderão ser realizados outros exames.
› Leve seu bebê a uma Unidade Básica de Saúde para o acompanhamento do
crescimento e desenvolvimento conforme o calendário de consulta de
puericultura.
› Mantenha a vacinação em dia, de acordo com o calendário vacinal da Caderneta
da Criança.
Declaração:
“É preciso admitir que estamos enfrentando algo novo, que
não conhecemos bem. O que sabemos é baseado em aspectos mais gerais e apoiado
em experiências de outras doenças transmitidas por mosquitos" (Érico
Arruda, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia).
Dica:
O que fazer se estiver com os sintomas de febre por Vírus
Zika?
Procurar o serviço de saúde mais próximo para receber
orientações.
Enfim pouco se sabe sobre o vírus Zika, mas as pesquisas não
para, de acordo com o Ministério da Saúde, as investigações sobre microcefalia
e o Zika vírus devem continuar para esclarecer questões como a transmissão
desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período
de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está
associado aos primeiros três meses de gravidez, e tudo que podemos fazer é prevenir.
# Vírus foi identificado pela primeira vez no Brasil em
abril de 2015. Cada dia uma novidade sobre o Zika Vírus.
Texto do Portal da Saúde 2016 – Ministério da Saúde –
www.saude.gov.br
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